NOVEMBRO
O céu chora
noite afora
Águas escorrem
Barulhentas nos telhados
Enquanto adormecem
Corações esperançosos
Que a chuva abençoa
Outros, insones
mitigados pela dor
Em seus infortúnios
Se consomem
Para cada momento
Em cada coração
Um pedido
Um clamor
Um agradecimento
Neste dia de chuva
Constante e fria
Céu turvo e cinzento
Se apresenta Novembro
Lilian Ferraz
01 /11 /2021
Comentários
Com esse texto lindo, poético assim
Bem-vindo este Dia de Todos os Santos
E Finados e a chuva com seus encantos
E, claro, o mês de novembro todo, enfim!
Bom dia doce amiga poeta
Teu poema é providencial e oportuno. Bem sabes aproveitar as ocasiões especiais. Chove, e chove muito... Mas, a chuva é companheira da solidão dos poetas notívagos que clamam em silêncio a pedir inspiração para cantar as doces musas que lhes permeiam as existências e que chegam inesperadamente a confirmar o grande poeta inglês quando disse que : “ Há mais mistérios entre o céu e a terra do que pode sonhar nossa vã filosofia". A que ele se referia? Às intempereis do tempo ou as intempéries dos amores estranhos? Esta chuva nos deixa filosóficos, rs. bj em tua aura.
Boa tarde. Grata fico com sua presença e apreciação, sempre muito valiosa e terna. 😘