O breu da escuridão

Fui um eco avulso, sem indulto morando junto
Ao pecado reduzido a cinzas e pó…sepultado ao
Lado da solidão recheada de tenazes versos em reclusão

Fui silêncio em dia de festa engolindo cada lamento mudo
Tamborilando entre vigorosos fragmentos de um sisudo sorriso
Aconchegado à felpuda noite fenecendo sem mais constrangimentos

Fui escuridão nesta noite de um breu quase incalculável
Desabando em mim toda a luz malabarista e imolável
Argamassa dos meus versos perdidos numa hora lentamente maculável

Fui geometria da tua aritmética precisa e sistemática vasculhando
Cada semi-recta onde pernoitámos embrulhados num desejo incansável
Esquadria para tantos beijos multiplicados com um sabor quase inquestionável

Frederico de Castro

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Frederico de Castro

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Comentários

  • 3691480?profile=original

  • Poeta Frederico poesia perfeita na escrita

    e em sentimentos profundamente bela abraço...

    • Grato sempre pela sua gentileza Eudalia

      Abraço poético

      FC

  • Parabéns, poeta Frederico!

    Tens um dom divino com as palavras.

    • Obrigado Jilmar pela carinhosa e gentil mensagem

      Abraço fraterno

      FC

  • Poema de muita técnica. Parabéns, Frederico.

    • Grato Lilian pela visita e gentileza

      Abraço poético

      FC

  • Faço votos que você continue esquadrilhando  beijos multiplicados com um sabor quase inquestionável.

    • Honra minha pertencer a esta maravilhosa casa de poesia

      e ter voçê como parceiro destas lides poéticas. Bem hajas

      FC

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