O JARDIM DA MINHA INFÂNCIA.
Na minha infância agora adormecida,
meu lar era um jardim de primavera;
mi! alma ali morava agradecida,
e o tempo era um sopro que não era!
As flores, mães dos sonhos desta vida,
buscavam céus na mais singela espera;
o chão guardava a paz, de luz vestida,
nos doces braços de sutil quimera!
Voltei sem voz, sem rumo, e sem guarida,
e vi no pó a ausência que imperava;
nem casa, nem jardim, nem mais a vida!
A flor dorida em mim se fez morada;
deixei, então, a dor que sufocava,
e a saudade eu trouxe acasalada!
Nelson de Medeiros
22/07/2025
Comentários
Muito especial. Um soneto que merece todo DESTAQUE!
Salve, Nersão, mas que belo soneto bardo e mestre dos sonetos, minhas reverências e um forte abraço! #JoaoCarreiraPoeta.
Nelson
seu versar retrata sobre sua infancia
mas parece que o coração do poeta ficou marcado com a partida de alguem muito amada(o) por ti
restando apenas saudaade de um tempo que nunva mais volta
um versar profundo e de respeito
um abraço
"A flor dorida em mim se fez morada;
deixei, então, a dor que sufocava,
e a saudade eu trouxe acasalada!"
Lindoooooooooooooo!!
Meus aplausos,Nelson!
Abraços
Que lindo!!! Ah, poeta, meus olhos marejaram de saudade.
Parabéns.
DESTACADO
Um abraço
Lindo demais caro poeta! Esses sentimentos, tão magnificamente retratados, são os mesmos de tanta gente. A infância sumiu e apenas resta essa saudade que por vezes atormenta.
Meus sinceros parabéns por esta maravilha!