De que vale poesia tão linda
Se no dia a dia não consigo demonstrar
Tudo que escrevo bonito é um personagem
Pois meu eu é pura hipocrisia nada haver
Do que escrevo, isso é um absurdo.
Quero ser aquele jovem amoroso
Que as poesias de amor decanta
Que a todos encanta
E até faz chorar
O poeta é um fingidor
cansei de fingir
Quero então prosseguir compondo
Poesias reais sem fantasias
Meu eu, onde anda o meu eu?
Aquele eu poético e real
Deve está escondido dentro de meu ser
Esperando o momento certo de aflorar,
Será que é a minha timidez que não deixa?
Esse meu eu tão romântico enfim aparecer?
Israel Batista
Comentários
O poeta, amigo, é um personagem ou vários personagens, portanto, o poeta não tem identidade, não é uma pessoa já que é totalmente abstrato. Nós somos apenas um canal por onde a poesia se expressa. Eu, apesar de não fingir, dificilmente estou naquilo que escrevo porque eu, pessoa, sou distinto do ser poeta que me habita.
Belos versos!
A poesia é a verdadeira essência do poeta, belo