DORME POETA
O poeta dorme estressado
sobre versos brancos, leves;
sonha com lugares estranhos,
fatos inusitados, seres sedentos.
Agora, indiscreto, visita o passado.
Um ataque de animais moleques,
Papagaios silentes, verdes, fanhos.
Quanto mais foge, sente-se dentro.
Sina de um bardo alucinado, louco,
aprisionado por poemas marginais,
Acha ter havido tudo; mas foi pouco,
Ninfas iradas não o deixam em paz.
(gustavo drummond)
Comentários
Lindeza de poesia.
Parabéns!
Destacado!
Obrigado a vocês.
Sou parente do Carlos Drummond não; é outro ramo da família.
Sou primo de Roberto Drummond, que escreveu vários livros; entre eles "Hilda Furacão" que virou uma mini série da Globo.
Maravilha de versos, show. Parabéns!!