Já não sou madeira de lei,
Bem o sei...
Quando criança, a me divertir,
Bastava uma simples bolinha de gude -
Não me preocupava o porvir...
Cresci... e ao tempo da juventude,
Me era por certo de mais valia
Valer-me da força bruta
Ah, eu não primava pela sabedoria
E rija era mesmo a diária labuta.
O tempo passou. E veio a experiência,
A me ensinar a agir com prudência!
Então, se com madeira nobre -
Seja de cedro, mogno, imbuia, jatobá,
Cabreúva, aroeira, angico, jacarandá,
Não se faz cabo de vassoura, de fato
(E a Deus por isso se deve ser grato),
Não é de se desprezar a madeira pobre -
Mesmo o mais humilde bambu -
Que em casebre se faz de telhado
E abranda a força do vento!
Que se louve, pois, toda madeira -
O pinus, o eucalipto do reflorestamento,
A utilidade da imbuia, do freixo e do guatambu,
A rigidez do cabo de martelo da nogueira
E, pelos ipês floridos, Deus seja glorificado!
Comentários
Belíssimos versos nas comparações das diversas espécies de madeira....E que Deus sempre glorificado já que ele criou todas as variedades e todas as coisas do mundo.
Com certeza com o tempo a maturidade se faz presente e atuante....
Que se valorize o Bambu, sim amigo
Um passeio por tantas madeiras nobres..Uma aula...
Que lindo ler seus versos, ora li umas três vezes.
Maravilhosa Poesia e Postagem
Abraços fraternos Pedro Avellar
Que legal! Muitíssimo obrigado, meu caro amigo!
Uauuuuuuuuuu,que lindos versos,inspirado poeta!
Meus aplausos!
Abraço
Obrigado, Ciducha!