Observando.

Lua insistente.

Ontem fui deitar tarde porque fiquei observando a lua. Pela primeira vez percebi que ela solicitou-me expressão diferente. A lua não queria as palavras que já tinham sido dirigidas a ela. Exigiu algo diferente. No início, achei que não ia conseguir, pois pesquisei em todos os livros didáticos, em todos os meios tecnológicos disponíveis para consultas e não encontrei o que a lua queria. Fácil não era, pois tantos compositores usaram todas as palavras já conhecidas. O maranhense Catulo da Paixão Cearense, até chegou a definir, a dele, como Luar do Sertão. Tantas vezes presenciei centenas de elogios à lua, por isso talvez me tenham faltado palavras adequadas e diferentes para satisfazer a exigência da lua. Por algum momento fiquei sem entender a atitude dela, pois dia doze de julho deste mês, ela estava nova e parecia conformada. Dia dezenove, ela estava crescente e feliz. Ontem, quando ela ficou cheia, não sei como estava se comportando, só hoje, dia 28, notei o pedido dela. Quanto mais eu olhava a lua, ela parecia mais exigente. Então, apelei a quem realmente tinha condições de me ajudar. Ajoelhei-me, fechei os olhos e relatei ao pé da letra a “Oração que o Senhor nos ensinou”. Quando terminei, abri os olhos e ela estava quase toda encoberta pelas nuvens, mas deu para perceber que a lua estava se escondendo, mas antes de sumir por completamente, agradeceu-me. Espero que quando ela voltar minguante dia 04 de agosto, que venha mais tranquila... 28/07/2018.

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Roger Dageerre

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