Oh, ser errante!

Oh, ser errante!

Segue cabisbaixo a clamar piedade
E nas noites apressa o passo, vai adiante
Não se esconde mesmo, não tendo liberdade.
Segue co' a face rubra, co' a alma errante

Vive a se perguntar: que será
doravante?
Se perde a pensar na sua idoneidade
Segue cabisbaixo a clamar piedade
E nas noites apressa o passo, vai adiante.

Enfrenta o viver mesmo sem ter vontade
Carece coragem de agora em diante
E do passado não ter sequer saudade
A vida cobra alto preço, é humilhante.
Segue cabisbaixo a clamar piedade.

Márcia A Mancebo
07/10/2021

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Comentários

  • Congratulações cara Márcia. As indagações existenciais  básicas do ser humano — errante bípede pela caatinga do cosmo  — enfeixadas  em um só poema.

    Abraço do j. a.

  • Boa tarde poeta

    Bonito rondel.

    Parabens

    1 ab

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