Olhos do Ator

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Olhos do Ator

 

O clarão azul do silencio

turva era a sua retina morta

salta nuvens que dos céus despencam

sobre este desperto coração

com sua artéria aorta.

 

Indevassável os seus olhos escuros

e a sua córnea  fina esbranquiçada como vidro

estilhaçada era macia e mansa

e neste palco repleto de muros

as lagrimas que encharcavam o chão comovido

 

E assim se construía a vida derradeira,

entre o escuro e a luz

certo que o mundo era coberto de fogueiras

de sombras, archotes e labaredas

e as dores que tudo isto induz

 

E assim começava a peça dramática

com lábios e línguas

e os olhos do ator

escuros como a noite profunda

mas com seu brilho arrasador.

 

Alexandre Montalvan

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Alexandre

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