OTELEFONE

 

 

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O TELEFONE

 

Eu tenho um fone antigo, sem serventia,
Que em meu quarto sozinho me faz companhia...
Já foi da felicidade carteiro!

Porta-voz de alguns devaneios,
Muito me disse de males alheios,
E, da morte inda foi mensageiro!

Há muito não serve a minha pessoa,
Nenhum tilintar de seu bojo ressoa...
Também vive só, nada ouve e nada fala!

Guarda com ele grandes segredos,
Historias de amor de vários enredos,
E até da paixão que avassala!

Porém, ontem na madrugada vazia,
Saiu enfim de sua apatia...
Seu tintinar ouvi de repente!

Atendi no instinto do amor... Contudo,
O lado oposto ficou mudo,
E, senti a dor da saudade somente!

Mas, ela é palavra abstrata,
Apenas quem sente a retrata...
É prenhe de sonhos e vãs esperanças!

Por isso a razão me chamou à verdade:
- Foi ele a estafeta desta saudade!
Mas, saudade não telefona... Só manda lembranças!

 

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Nelson de Medeiros

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Comentários

  • Digno de aplausos e flores teu poetar. Feliz noite,caro poeta.

  • Como destacou a poetisa Ciducha, Lindo poema, interessante, lembranças de um telefone antigo, ou fazendo um paralelo com um amor moda antiga, mas vivido, sonhado, enfim vai. Abraço!

  • "isso a razão me chamou à verdade:
    - Foi ele a estafeta desta saudade!
    Mas, saudade não telefona... Só manda lembranças!"

    LINDOOOOOOOOOOOO! LINDOOOOOOOOOOO!

    Aplausos e meu abraço,Nelson

  • Salve Nersão! Que cesta surtida de tercetos belíssimos, parabéns e um forte abraço caminhante dos sonetos! #JoaoCarreiraPoeta.

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