Minha alma busca teu abraço doce,
mais do que podes imaginar.
Ela caminha sobre as pedras,
sentindo o rarefeito do ar.
Descalça, os pés sangram,
deixando marcas no caminho.
Muita dor, muitas marcas de sangue,
sem saber o destino...
Não importa se vai ou não chegar.
Vagueia! Sempre vagueia! Não consegue parar.
Emoções contraditórias a confundem,
o tudo e o nada tão próximos...
Sentimentos que, no frio da noite,
se entrechocam no limbo,
fazendo-a sufocar.
Desesperada, sem saber, ela procura.
É tão fácil acreditar na doce loucura,
esquecer a imensidão que a faz tremer,
a ruína decadente que a faz enlouquecer.
Sente-se vazia...
Ela te chama, amiga,
ela te chama, anjo... Ela te chama.
Pegue-a em teus braços.
Deixa tuas asas crescerem
e voa para longe daqui,
deste escuro e frio deserto que a envolve,
desta chama gelada que a queima.
A tempestade continuará se retorcendo,
os céus escuros, decepados pelos raios, vão se abrir.
Ela te chama, anjo...
Abre tuas asas
e a leva para longe daqui.
Expulsa o devaneio do pensamento
e voa para longe daqui.
Alexandre Montalvan
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Comentários
Estonteante belo.
Alexandre, felicitações para você.
Saudações, poeta Alexandre, um belo poema! #JoaoCarreiraPoeta.
Que linda postagem aqui no CPP
Bela participação
Parabéns
Que lindos versos,Alexandre!
Encantada!
Abraços