O bardo viu, no auge da ansiedade,
a face humana, toda a descoberto!
E viu as cores do orgulho e vaidade,
pintadas, sem pudor, a céu aberto!
Prenhe de horror, em quase insanidade,
sentiu, com asco a podridão de perto!
E teve, então, uma infrene vontade
de, enfim, fugir daquele povo incerto!
Mas, fugir pra onde? Como não ver
aquela turba, sem fé, desumana?
E, estarrecido buscou se esconder!
Não pôde; a malta é torpe, é só rudeza,
e nada enxerga; só sente o que emana
do próprio orgulho e da própria vileza!
Comentários
Penso eu:
Um dia teremos o caráter de volta, bons princípios, valores sublimes...
Até lá vamos curtindo esta linda poesia do bardo Nelson.
Que lindo,Nelson
Meus aplausos e meu abraço
Parabéns! Um poema bem rebuscado! Abraços!
Uma bem-aventurada tarde! O bardo Nersão, em seu enleio lúdico, tamborilava pensamentos sobre o estigma da humanidade. O gorgolejar das emoções turvas desenhava um cenário agnóstico, onde a busca por sentido era um fiapo de tempo, fugaz e incerto. A bela tapeçaria poética, na vastidão do ser, o que restava era o dilema de enxergar a luz ou perder-se na sombra. Assim, o tempo, sempre breve, ecoava a melodia de uma existência permeada de orgulho e fragilidade. Eu confesso, um belíssimo e proeminente soneto, portanto, aqui fica o meu deeeezzz! #JoaoCaJoaoCarreiraPoeta.
Sim Prezado Poeta Nelson Medeiros o mundo se faz com estas chamas da desigualdade e também com a falta do caráter
Assim o orgulho e a vaidade torna o homem sem caráter sem dignidade.
Emana exarcebado o orgulho e a vaidade.
Orgulho é o que pensamos de nós mesmos e Vaidade é o queremos que os outros pensem de nós.
Na dose errada ambos são sentimentos destruidores.
Parabéns por lindíssima Poesia de excelência.
Abraços fraternos
Que lindeza O Lago dos Cisnes com esta maravilhosa orquestra....de nosso. Tchaikovsky.
Obrigado e Parabéns. grande Poeta
ADomingos