Existo, sou poeta

 

 

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Existo, sou poeta!

 

Tenho uma luz que me guia.

Tralhas não levo comigo.

Amo ser livre, sem brida;

Sou exigente... lhe digo.

Às vezes falo sozinha,

Prefiro não ter vizinha;

Viver sozinha não ligo.

 

Sem vizinho e sem amigos,

Sou qual lua que no céu

A noite namora o mar.

Também não faço escarcéu

Se o vento é forte ou fraco,

Se meu riso é sempre opaco.

Gosto de viver ao léu!

 

Ao léu posso viajar,

Seguir diversos caminhos,

Escolher os novos rumos,

Onde durmo é um novo ninho.

Se vejo estrela cadente,

Sinto-a ser confidente,

Desenho-a num pergaminho.

 

A solidão ao poeta

O enche de inspiração,

Para tecer alguns versos,

Com o céu em comunhão.

Mesmo que bobo pareça,

Faz que da dor ele esqueça,

Pra ouvir seu coração.

 

Márcia Aparecida Mancebo

21/11/24

 

 

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