Pra Ser Sincero
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Pra ser sincero...
Eu só preciso Te dizer
que desaprendi mentir
desde quanto me tornei
novamente uma criança
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Pra ser sincero...
No começo foi difícil
falar sempre a verdade
Pois dia e noite noite e dia
- Todo o Mundo mentia...
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Pra ser sincero...
Ora vejo com os olhos
da mente e do coração
Pois sempre se enganavam
os meus olhos da visão...
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Pra ser sincero...
Quanto digo Eu Te Amo
a palavra não é igual
a que fala e diz que sente
todo aquele que inda mente
Pra ser sincero...
Prefiro a morosa conquista
que o "amor à primeira vista"
pois o amor de nossa vida
com o tempo cresce e mais
aumenta e se consolida...
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Pra ser sincero...
a minha Alma está casada
com a sua e abraçadas
se tornam uma Unidade
sendo eTernas Namoradas
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gaDs
A V
Comentários
Algumas vezes penso ler em textos a alma do poeta no que ela tem de mais original, quase isenta das alterações que a vida naturalmente (?) vai impondo.
Aqui, Zeka, foi forte essa impressão: parecem as suas palavras muito próprias de um primeiro namorado (pelo menos, como se namorava na nossa época...).
Mais bonito ainda que, na primeira estrofe, você reconhece que essa originalidade foi uma reconquista (você desaprendeu a mentir): por deliberação do seu íntimo, você decidiu ser de novo menino!
Isso é um privilégio! Há que ter nobreza de alma para se descarregar dos fardos da vida e se reabastecer das belezas da infância. Só os fortes, os mais fortes, conseguem.
Admiro você - como já sabe, mas é preciso repetir especialmente diante da beleza dessa peça!