Quando as folhas caem...
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O vento suave balança as folhas de outono
E beija-lhe a face numa leve e doce carícia.
Traz lembranças de enamorados a caminhar
Pelo parque que, nostálgico, prepara-se para o inverno.
Um riso aqui, um abraço ali, beijos trocados.
Sonhos construídos ao sabor do verão, juras eternas
De um amor nascido em meio a dor da perda.
Essa mesma dor que agora volta a lhe atormentar
E faz com que um vazio abissal lhe tome a alma
Numa queda livre, num redemoinho de sensações.
As lágrimas lhe molham o rosto delicado,
libertas finalmente, livres das amarras da etiqueta.
Aqui neste parque conhecera o amor, vivera o amor.
Por pouco tempo a vida foi plena e feliz.
Um tempo que sabiam ser determinado pelo destino.
Agora, novamente quando as folhas caem, as amarras se desfazem.
Nada mais importa, somente a semente que é gerada,
fruto do amor nascido, neste parque, junto ao outono melancólico e bucólico
E a brisa que beija-lhe a face.
Tal qual o beijo suave e meigo do amado.
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Maria Angélica de Oliveira 01/05/18
Ciranda de Outono CPP
Comentários
Ficou lindo teu poema. À medida que a leitura progride as imagens vão se materializando diante dos olhos.
Belíssima composição.
Parabéns!
Obrigada Edith!
Que lindo,Angelica!!
Parabéns,eu ameeiiiiiiii
Bjs
Obrigada Ciducha!!!
Obrigada Marso!