QUANDO OUÇO O VENTO

Quando ouço o vento

Zunir em uivo desmedido

Intempestiva palavra sibilante

Cantas ao meu ouvido

Sopras sentido e alento à vida

Compreendo que me tomas

 

Sentir o ar na pele

Arfar o mesmo ar no peito

Respirar é pontual sentimento

Da intensa grata ação

Da certeza de estar vivo

 

Enquanto respira e venta

Segue esse veleiro

De casco navegado e bruto

De asas quase recolhidas

Mas ainda içadas e acesas

Pelo infinito viril oceano

 

Até que eu timoneiro

Entenda que não mais navegue

Rume-o ao estaleiro

Antes que se desmantele

 

 

PSRosseto

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Paulo Sérgio Rosseto

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