Rojão de estimação


 
Rojão de estimação
 
O fiel cão:
Rojão  não
tinha medo
do  trovejar.
Ao passares  por  aquela  encruzilhada poeirenta,
ou lamacenta, notarás uma caprichada cruz benta,
que o tempo já a entortou, pela natural tormenta
a qual tanto
a  atormentou.
Bem feita em ma-
deira de lei. Igual
ao coração de
quem a fez,
com  tanta
delicadeza,
apesar   de
de tamanha
tristeza, à  lei
se  condenou.
Foi  de  morte 
sangrenta, que 
o cão de  Juarez,
teve por sorte cin-
zenta a sua própria 
estupidez.  Ao  atirar
numa caça;  no  Rojão 
acertou.  Foi   acidental-
mente,  desculpa  da mor-
te daquele  que sente a  dor  
amiga e inocente  do  qual  a  
vida  tirou.  Quanta  dor  que
existe num coração  triste, 
que  ama  ardentemente
um  grande amigo. Há 
quem chame um ho-
mem  mau de cão, 
e isso é um insul-
to, isso sim é ani-
mal de infiel ingratidão. 
Ainda bem que o bicho não 
entende a nossa língua, e  com
sua santa língua vem lamber essa 
pútrida íngua, que muitas vezes um 
osso a ele negou. Descanse em paz, 
amigo Rojão, pois, na  sua coerên-
cia é racional e amigo-coração.


 
  
Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

This reply was deleted.
CPP