Postado por Lucas Hêrique em 4 de Novembro de 2017 às 20:51
Ao pensarmos em saudade, parece que nos tornamos frágeis e é por isso que sempre vamos adiando e adiando a conversa com nosso eu interior, sujeito traquino que muitas vezes por orgulho foge.Não me culpo por somente agora, tão distante de muitos que já não sei por onde andam, parar no meio do caminho, olhar para traz e perceber que deveria parar para expressar que sinto saudade, não sei porque segui e sigo adiante. Se foi por orgulho, frieza, ou não reciprocidade alheia.Sempre cativei aqueles que me querem bem, então de relance penso alto ÓÓÓ, será que sou narcisista?...ou será tudo uma fase e ainda estou aprendendo a doar para as pessoas uma parte de mim! Um sentimento como uma joia, que damos de presente para não deixar que se esqueçam quem fomos ou somos.Retomo a lucidez, mas a dúvida ainda ronda meus pensamentos.Poderia eu conceituar a saudade? Ainda não, primeiro preciso entender se ela existe, ou é somente um fruto da “mitologia involuntária popular”, vejo que as coisas estão bem confusas, acabo que criar um novo termo. Gracejo pensando, onde vou para com esses rompantes de filosofia, acabarei enlouquecendo, se já não estou.Se a saudade não existir, imagino estar no caminho certo, e de certo já posso discernir um pouco melhor sobre minha pessoa, olhar-me no espelho... dizer você é o cara... e em uma manhã de segunda cantarolar a felicidade contagiando e incomodando os me rodeiam.Embora, aqui dentro algo sussurra, e se for ao contrário meu jovem? Caso de outra forma for, estou atrasado, o vento da vida já se vai. Mas devo congraçar com essa voz interior, sou jovem, ainda a tempo. Embora juventude seja uma maneira de se viver e não uma fase atrelada a números.Posso estar privando as pessoas de participar do lado melhor que tenho em mim para compartilhar. Quem eu amo é para mim importante, nunca pensei que pudesse estar negligenciando uma oferta se sentimentos. As pessoas deixam de amar por não serem amadas, entendo que possuir o sentimento de amor não indica que estamos amando. A saudade talvez seja a necessidade de cuidar do outro, um lubrificante para que o sentimento não quebre por falta de uso ou desgaste.Por mim passa um fleche repentino, embalado no assovio de minha vaidade, dizendo que a saudade é apenas uma censura a negar o amor. Assumir que sentimos saudade é fácil, mas revelar que amamos é forte, pesado, quando o coração é frágil. Essa grande confusão não passa de termos literários, uma valorização insana da grafia.É bonito expressar tudo que sentimos. É mais fácil dizer somente, estou com saudades. Mas é mais doido deixar que amigos, família e amores se vão por não saberem o que e o quão sentimos.Se existe ou não o sentimento e/ou termo saudade, do que somos, muito se vale como somos. Cabe-nos ao durar de a vida ao passo do tempo que restar, descobrirmos de qual forma devemos ser.Lucas Hêrique 30/04/17
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Tantas conjecturas, tantos 'porquês' de amar ou desamarrar, sentir ou não sentir saudades, se expressar ou se esconder por trás do espelho... Desnudar-se dos medos, retirar a máscara e se olhar no espelho nu, nem sempre é algo fácil, e pode ser enlouquecedor... Ou libertador.
Mas o que é a loucura senão liberdade de toda a razão?
Se enlouqueço, me aceito como sou ou me afasto de mim, da dor, do amor, da saudade,...
Bjs!
Nina
Comentários
Mas o que é a loucura senão liberdade de toda a razão?
Se enlouqueço, me aceito como sou ou me afasto de mim, da dor, do amor, da saudade,...
Bjs!
Nina
Somente sente saudade que realmente ama. A saudade é um pouco daquilo que ficou onde dua alma insanamente se amou