Você tá do lado dos fortes
E defende com unhas e dentes
Os que tanto abusam da sorte
Ignora a saúde e os doentes
Eu não vejo um comentário sequer
Sobre quem tem seus direitos logrados
Pra você é apenas mais um que quer
Viver às custas do que lhe é tirado
Sim, você que posa de burgues
E de pingente vai encarar o patrão
Que só lhe trata tal reles pequinês
A lhe rosnar feito pastor alemão
Mas é no bar que você dá as cartas
Quando divide o copo com os amigos
E mata a sede de quem cata suas latas
Em cada gole exalta : Deixa comigo!
Pois é amigo, tem dias que a vida
Fica zangada e nos dá uma rasteira
Tira o prazer de tudo e faz da bebida
O amargo doce na boca vez primeira
E é ai que o coração entra em ação
Pra te mostrar o mal que você plantou
Dignidade por apertos de mão
Irás sentir na pele o mal que causou
Até que você vomite aos quatro cantos
Clame justiça e levante multidões
Sendo por uns, um só a fazer por tantos
A conviver entre flores e canhões
A sua história irá virar do avesso
Radio, TV, Praças, Jornais e Revistas
E até o dia do seu novo recomeço
Irás ouvir... VAGABUNDO COMUNISTA!!!
Então, em sua peregrinação
Dará valor a um aperto de mão
(Petronio)
Comentários
Olá poeta, bom vê-lo novamente.
Aplausos pela composição.
Excelente!!!
Parabéns.