SEM NINGUÉM SABER

Não gosto de fazer poemas que remetam à morte

Porque detesto que os meus amigos lembrem-se

Que um dia também poderão morrer

 

Prefiro que cantem as melodias alegres

E leiam sobre amores e saboreiem as dádivas da vida

 

Instigo para que brindem as alegorias

Mergulhem na fantasia de que são todos eternos

Infinitamente abençoados pela eternidade

Em resposta ao zelo existente que para comigo têm

 

Os meus amigos e a fraterna amizade que nos convêm

Não tem tamanho nem cabem dentro de covas

Por isso jamais extirpa nem deteriora

 

E na minha hora em que sozinho eu partir

Sairei à francesa em silêncio enquanto festejam

Para que ninguém note a minha dor por ir sem querer

 

Partirei calado sem ninguém saber

 

PSRosseto

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Paulo Sérgio Rosseto

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Comentários

  • 2386655539?profile=RESIZE_710x

  • Bela Poesia.

    Uma postura altruísta mesmo que pareça egoísta.De fato a morte assusta a maioria dos seres

    Parabéns

    antonio

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  • 132374053?profile=RESIZE_710x

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