E ouço o vento anunciando as palavras... talvez seja a canção
Me vejo caminhando sobre a ponte de madeira
Sob meus pés ouço seus estalidos como se me acompanhasse
As linhas em meu rosto e em minhas mãos apontam na direção da madrugada
A neblina de meus pensamentos vai se abrindo e a ponte torna-se estrada
Do outro lado havia um outro tempo
Um tempo onde apesar de suas asas
Ele próprio não tinha qualquer pressa
E me levou por um bosque longe de casa
Podia sentir o frio do escuro a envolver minha visão
E ao som de minha voz realçavam estrofes com sinais de rouquidão
Criei lindos sonhos que hoje chamo de poesias e canções
Sei que outras ainda não terminei mas há um longo caminho por vir
Sob olhares curiosos que brilhavam às sombras
Questionou-me sobre o que acredito de verdade
Acredito na inocência na ousadia e na liberdade
Que o olhar é mais sincero que a palavra
Há sempre uma razão mesmo que só vejamos as consequências
Acredito em Deus nos anjos e nos que ainda não chegaram lá
Acredito no meu anjo que me guarda e que me faz companhia
Acredito na magia nas bruxas e na canção acredito no que escrevo
Me vejo caminhando de volta sobre a ponte de madeira
Ao meu lado vejo de onde vem os estalidos que me acompanham
O sorriso em seu rosto e as linhas de sua mão apontam na nova direção
A neblina de meus pensamentos se fecha em sonhos e agora ja em minha casa
...sentado em minha cadeira
Deus nos abençoe
Carlos Correa
Comentários
Poema de um lirismo exuberante, as imagens se formam à medida da leitura.
Parabéns!
obrigado por viver o poema, fica com Deus.
Caro Carlos Correa:
Parabéns pelo seu belo poema, pleno de onirismo e daquele melhor estofo interior das gentes, a mágica mescla de empatia e de sinceridade. Abraço: j. a.
Olá J.A. muito obrigado por suas palavras gentis e simpatia, Deus o abençoe
Uma deliciosa e intrigante viagem!
Parabéns Carlos!
Obrigado Angélica, fica com Deus