Pelas asas que não tenho, voo e vou
Vou em voo em pleno movimento
Nessa indefinida avenida de vento
Com o dinheiro que não ganho
Não logro, adquiro, almejo ou possuo
Descontinuado do que apago e apego
Dos males que não causo
Descanso a consciência em descaso
Não me culpando por não lhes ser dono
Aos valores que me dizem amar-me
Desarmo e fraciono o querer de pronto
Repartindo a alma por resposta
Entre as dádivas que me cabem
Quito-as à medida que posso
Para que me saiam mais caras
Mas ao tempo que me resta
Que não sei ser longo ou mínimo
Silencia a morte minha orquestra
Que este incondicional amor me siga
Em sua interativa sustentação
Mas não me cegue
PSRosseto
Comentários