Sou tão lascivo quanto pressupunha
O sentimento do sutil amor que insiste
Em tornar-me ausente por ser volúvel
E libidinoso sendo ser por si inconsistente
Nem triste enquanto sonhador inveterado
Nem apavorado pela impossibilidade
Em não saber esperar o tempo reverso
Quando de amar em vão tenha me curado
Sei que ser poeta é estar só entre escolhas
Se livre entre pensamentos sem juízo
Escravo das vontades levianas diferentes
Sou essa releitura misturada de aprendiz
Sofrendo absorto por amores aparentes
Inconformado das escolhas como amante
PSRosseto
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