Tabuleiro de xadrez

Ah... que assustei-me, vos digo,

A imaginar no tabuleiro do xadrez,

As duas Torres tomadas pelo inimigo -

Uma de cada vez...

Trágico... Que o Rei, sem moradia,

Vai depender muito da valentia

De cada um dos seus Peões...

É a luta. Diminuem-se as opções,

Mas, nessa angústia, ainda se conta

Com a nobre cavalaria,

Eis que cada Cavalo, com honra,

Pelo seu rei se sacrificaria

E as hostes rivais confronta

Aos gritos: a morte sim, nunca a desonra!

Felizmente, como hábeis negociadores,

O reino tem ainda os Bispos inflamados -

Os mais hábeis oradores,

Na fé e diplomacia doutorados.

Mas – se ainda assim o desastre é iminente

E se até o Rei foge, descrente,

A salvação final será mesmo a Rainha,

Que vencerá a guerra sozinha!

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Pedro Avellar

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Comentários

  • Gestores

    Bem... De jogo de xadrez nada entendo. Porém, o seu poema é vencedor, com certeza.

  • Olá Pedro Avellar

    Uma bela demonstração de que, em especial, as "mulheres" proporcionam incríveis momentos de grande prazer.

    Elas sabem, contudo, o que sempre desejamos em nossas vidas.

    Parabéns Pedro Avellar

    Uma sensível poesia

    Abraços

    JC Bridon

    • Verdade meu caro. A força da mulher é fundamental pra todos nós. Muito obrigado.

  • Fora o contexto do jogo, a saga é de deixar qualquer leitor ansioso pelo desfecho. Felicitações

  • Bom dia Pedro: —

    Sensacional inspiração e criatividade.

    Parabéns.

    Um forte abraço.

    #JoãoCarreiraPoeta.

    • Obrigado pelo elogio, João Carreira. Sempre bem humorado. Que bom ler os teus escritos.

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