São seis horas... Aperta-me o coração...
A chuva, lá fora, indiferente à solidão
cai dolentemente...
Ela é como a solidão. Na tarde que declina
ela sai aos poucos do mar e ganha as alturas num espetáculo que fascina
. Depois, no silêncio da noite, despeja suas águas sobre a cidade...
Nas horas tristes quando a nostalgia o peito invade
e os amantes perdidos se abandonam ansiando pela aurora,
ela vai juntando, pouco a pouco, os pingos das lembranças
para no ápice do desespero despejar o dilúvio das desesperanças
sobre a alma que, pungente, geme e chora...
Rezo... Olho a negra imensidão...
Quisera abrir o céu com minha mão
e libertar uma estrela linda...
Entre tantas escondidas no sidéreo manto,
eu saberia qual delas faz do meu pranto
a chuva desta dor infinda!
Comentários
Concordo com a Ciducha, uma emoção só.
Poesia viva de sentimentos humanos nobres.
Boa tarde, bela Margarida! O velho bardo, da solidão que hoje vive, lê tua mensagem de oncentivo com imenso carinho! 1 ab
"Entre tantas escondidas no sidéreo manto,
eu saberia qual delas faz do meu pranto
a chuva desta dor infinda!"
LINDO! LINDO!
Confesso que me emocionei com o conjunto todo.Nelson
Meu abraço
Boa noite poetisa Ciducha! Lindos são sempre os teus incentivos ao bardo. 1 ab
Minhas saudações do bem Bardo! Um poema simplesmente belo! Portanto, eu levanto a taça da beleza poética a ti! #JoaoCarreiraPoeta.
Boa noite, Jão. Pego a taça e faço um brinde ao talento do companheiro. 1 ab
Nelson
a tarde de outono marca um pico de solidão
atacando o coração
um abraço
Boa noite, poeta! Agrdeço muito. 1 ab
Tocante e de uma envolvente sensação de querer acolher o poeta em sua desolação de fim de tarde. Saudações Poeticas
Ave, minha doce e bela menina poeta! Ser acolhido pela menina poeta dos meus sonhos seria o ápice do desejo inacabado do bardo.... bj