Não se sabe se são os pensamentos
Que conduzem os dedos
Ou as mãos acostumadas sozinhas
Aos intensos dos carinhos caminheiras
Certo é que os tatos se desprendem
Despindo dos segredos
Por singelas ruas do corpo
Explorando seus caminhos
Olha as calejadas palmas desse peão
Tem a mesma ranhura do casco da boiada
A pele dura rude enrugada
Queimada no laço de sal
Do suor da tarde ensolarada
Essa mesma textura tem o coração
Cheio de saudade apertada
Compacta no peito
Enfurnada na alma
Feito bicho na toca dentro da agua
Rodeado de destino sem morada
Mas quando ama e trata o amor
Imaginando-me na penumbra enluarada
A minha mão meu bem cheia de viço
Tão nua e certa é a tua namorada
PSRosseto
Comentários
Prezado amigo Paulo Sérgio
À medida que lemos temos boas surpresas em sua Bela Poesia.
Descupas, se for o caso .Lembrei-me de uma frase. "Os brutos também amam"
Parabéns por mais esta obra
antonio