TEMPORAIS

Toda vez que perco o horizonte

Creio haver um mar a minha frente

Tão longe de mim equidistante

Como as rosas de um jardim

Ou uma nuvem passante

Que se desmancha insana

Por entre respingos de lama

Ou alvas fronhas de algodão

 

São aguas verdes revoltas

Remexidas pelos mesmos ventos

Que soltos conduzem minhas barcas

Serenas cada uma a seu porto

E as nuvens aos seus tantos

Destinos e encantos

Revestindo travesseiros

Sobre as camas da paixão

 

Todos esses travessos romances

Atravessam-me intensos

Ainda que de mim jamais saibam

Porque nunca mais retornam

Porque se tornarão propensos

A viajar outros céus e mares

Esculpindo suas torres imensas

Apesar dos temporais

 

PSRosseto

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Paulo Sérgio Rosseto

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