Jamais te acostumes à eternidade
Ande tão disforme que precises
A sensação do apodrecer
Do definhar
Do inexistir
Do empobrecer a própria pele
Não finjas que a beleza está
Somente onde há luz iluminando-a
Nem mais sábio e leve sejas
Ao tentar omitir e ocultar de ti
Os sentidos dos teus próprios males
Apiede silenciosamente às tuas entranhas
As tuas dores
Para que vejas em outros olhos
Quando prazerosamente sorrirem fitando-te
Ainda que destemperados
Da vida todos os sabores
Santifique teu presente
Fartando-te das tuas verdades
PSRosseto
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