TUDO JÁ SEI

Fui ao futuro aprender como se morre
Porque da vida tudo ja sei

Morre-se de extenuado amor
De fome, frio, calor, apaixonado
Também da falta de fome e excesso
De paixão, solidão, mesmo que acompanhado

Morre-se de qualquer morte banal
Dessa que extrai a vida sem explicar
De surpresa, de repente, acidente
Até de arrependimento e contente

Morre-se de ilusão antes que esta morra
De idade, por verdades e de mentira
Inveja, infarto, palpitação, alegria
De um coração envenenado e ódio

Morre-se ao nascer e até antes
De ser qualquer ser que perceba
A razão do choro e a beleza do riso
A candura de um olhar inocente

Morremos todos por azar ou prazer
Ainda que não acietemos ser preciso morrer

 

PSRosseto

Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Paulo Sérgio Rosseto

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

  • Na vida temos varios tipos de morte 

    mais renascemos todos dias,

    Morte do espirito essa nos afeta em maior escala 

    um abraço 

  • Morrer de qualquer modo é inevitável, já nascemos com promessa de morte: essa que nos transporta ao Céu.

    Aplausos!

  • Morremos tantas vezes numa mesma vida. Mas, graças a Deus, sempre renscemos. Belíssimo!

This reply was deleted.
CPP