UM ANJINHO E O PRESENTE DE NATAL

                                                       

                                                                                                                  13094044291?profile=RESIZE_192X

 

                                                                                                                              "UM ANJINHO E O PRESENTE DE NATAL"                                        

 

O dia se aproximava e a criançada toda não conseguia segurar a alegria de ver chegar a data tão esperada.

Alguém, muito quietinho, no canto da casinha, mexia um carrinho de madeira, já bem gasto pelo uso e tempo.

Sua fisionomia era triste, pois no barraco onde morava, as esperanças de um Natal, cheio de presentes maravilhosos, como a TV da vizinha mostrava, não estariam a seu alcance.

Por isso, rezava toda noite para, pelo menos, ganhar um carrinho um pouco maior para poder continuar suas brincadeiras, fazendo de conta que era motorista de caminhão e seu sonho era de que um dia, quem sabe, o Papal Noel lhe desse um de verdade ou que chegaria a ter um daqueles grandões para que ele pudesse dirigir.

Seu sonho era ser caminhoneiro, desses que viajam pelo Brasil afora, conhecendo esse imenso e belo país.

Bem, sabia que era só um sonho e, por isso, se preocupava mais em ter seu próprio carrinho de madeira e poder brincar, como os outros meninos do morro em que morava.

Então, cada dia mais suas orações ao Menino Jesus eram rezadas com muita devoção, como só uma criança, em sua inocência, sabe fazer.

Certa noite, enquanto dormia sentia que algo muito forte, uma intensa luz, batia em seu rosto que o fez acordar.

“Meu Deus, disse o menino, é um Anjinho, meu Anjinho da Guarda, como lhe foi ensinado”.

Assustado, mas ao mesmo tempo muito feliz, viu no Anjo a grande

oportunidade de pedir o tal presente.

O Anjinho não falava, apenas ouvia calado e sorridente, balançou a cabeça em sinal afirmativo.

O menino pobre não cabia em si de contente e rapidamente, como acordara, voltou a adormecer, muito feliz pois agora sim tinha certeza de que seu presente viria.

Os dias, para ele, foram mudando, seu semblante mudou e virou um menino muito feliz.

Sua mãe ao vê-lo assim perguntou:

-          O que tens, meu filho, para estares contente dessa forma?

-          Sabes muito bem que não tenho dinheiro para comprar qualquer brinquedo e o Natal não representa só isso, é algo muito mais sério.

O menino apenas sorria para a mãe, como se quisesse dizer-lhe que “estava tudo bem e que ele entendia que, para aquela mãe que trabalhava durante todo o dia, para poder pelo menos comprar o necessário para que pudessem os dois se alimentarem, era algo quase impossível”.

No entanto, o Anjo sorridente havia lhe confirmado que, neste ano, o Natal seria diferente.

Como se fosse um segredo entre os dois, mantinha-se calado, esperançoso, pois um “Anjo não mente. Eles são criaturas de Deus”, era só o que passava pela sua cabecinha.

O dia tão esperado chegou e, com ele, durante todo o dia, nada de diferente acontecia, naquela pobre casinha.

A mãe olhava o filho entristecida mas ele, apenas espiava pela portinha de madeira e sorria.

Sua esperança era maior que tudo naquele momento.

Quando começaram a espocar alguns fogos de artifício e o sino da Capelinha começou a badalar, um grande alvoroço se fez em toda aquela vila.

Alguém estava chegando e com ele um senhor vestido de vermelho, barbado, com uma sacola de presentes apareceu no alto do caminhão que trazia a esperança à centenas de crianças daquela periferia.

O menino segurou aos mãos da mãe que chorando balbuciava algo que o filho não entendia.

O caminhão parou no meio da vila, Papai Noel desceu e passou a ir de casa em casa, entregando seus preciosos presentes.

O menino não cabia em si de contente quando, chegando a portinha do barraco parou, olhou para o menino e segurando um grande pacote, olhando firme nos olhos umedecidos da criança, agora sorridente, disse:

-Isto é para você, Carlinhos, foi seu amigo que lhe mandou e piscou um olho.

O menino e a mãe não cabiam em si de contentes, pois jamais, pelo menos para ela, alguma coisa boa iria acontecer naquele Natal.

Agradeceu ao Papai Noel e pediu ao Carlinhos que o fizesse também.

Ele, sabedor do que o tal milagre acontecera, virou seus olhos aos céus e lá, bem lá no alto, a bela estrela apareceu, iluminando sua casinha e também, ao lado dela, seu Anjinho da Guarda.

Foi uma noite inesquecível para Carlinhos, para sua mãe e toda a criançada daquela vila.

Deus, em forma de Anjo e de Papai Noel, torna possível os sonhos de quem quer que seja, basta acreditar e agradecer.

 

FELIZ NATAL À TODOS!

 

 

JC BRIDON

 

 

(Estamos muito pertos do Natal. Será que o mundo mudou em alguma coisa melhor? Eis a pergunta que cala fundo nossa alma e coração. Que saibamos viver esse tempo melhor do que está sendo até agora)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Comentários

  • Bom dia, poeta! Esperança e Fé, eis a dupla da Feliciddade. 1 ab

  • Bom dia!

    O pragmatismo do poeta está em todo o contagiante texto

    e comove aquele que lê a história dos anjinhos e de Carlinhos.

    Mas, destaco, a luminescência do Paizinho do céu. 

    Ela não tem hora para chegar.

    De repente!

    Pow!

    O milagre acontece.

    Parabéns, caríssimo amigo Bridon.

    Um abraço.

    #JoaoCarreiraPoeta.

  • Que tocante,muito belo!  Que Papai do céu e os anjinhos sempre aqueça o coração de nossas crianças carentes de um milagre como esse que o Carlinho recebeu de seu anjo da guarda. 

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