Vå procura

Vã procura

O sentir deixou escapar toda emoção,
Num mundo de sonhos se pôs a embalar
Seguindo o comando do meu coração
Sabia somente contemplar o mar...

Assim comecei minha história de amor
Na areia do mar tanto tempo caminho
Levando no peito tristeza e uma dor
Trazendo exaustão por andar tão sozinho.

São léguas e léguas assim percorridas
Sempre a procurar onde estás em meus dias,
Na mente a pergunta : - que farei da vida?
Desde que partiste, minh' alma é vazia.

Procuro na praia te ver navegando
Um amor tão bonito não pode morrer.
Carrego no peito a ilusão...me buscando
E meu coração anseia te querer!

Querer te seguir por esse mar bonito
Voltar ao regaço que deu - me um abrigo
Em teus braços ver estrelas no infinito
Viver para sempre trilhando contigo.

Nesta vã procura me perco a sonhar
E uma onda tão forte pra água me carrega
Te vejo chegando... sinto me levar.

Márcia A Mancebo

Itapeva, São Paulo

(Escrevi esse poema em
Camboriú, 14 de janeiro de 2020)

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Comentários

  • Parabéns, Marcia!

    Um abraço!

  • Envio meus efusivos parabéns para a jovem MESTRA, Poetisa/escritora e muito mais, Márcia A. Mancebo pela publicação de tão inspirada concepção e compartilhamento! Philia e Namastê!

     

  • This reply was deleted.
  • Parabéns, cara Márcia, por evidenciar em seu belo poema os desencontros existenciais do ser humano, no que respeita a nosso elã sentimental, no transcurso de sua marcha (no fim de contas, terminável). De fato, quase sempre somos tufos de algas ao sabor do ir e vir das vagas.

    E — extrapolando para esferas mais generalizantes e imateriais — felizes de vocês, que têm uma bússola transcendental, pois se ampliam os horizontes de buscas e de encontros, ao menos consigo mesmos. Meu cepticismo travadão, me exige maiores malabarismos filosóficos para que a vida, em si, não fique adstrita a uma (no rigor da expressão) vã procura.

    By the way, sua localização geográfica na gênese desse poema, traz-me recordações da infância, de coleta de conchas de moluscos, de nados na zona de rebentação, quando em férias na província de meus pais, que eram catarinenses.

    Abraço; j. a.

    • Obrigada pela visita e comentário,J.A.!

      Um abraço

       

      Nas férias costumamos ir para o Balneário Camboriú. Itapeva não é tão longe de lá.

       

       

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