Opaco espelho
Desvencilha dos minúsculos ciclos
Esfarelados fincados na areia
Esse velho labirinto inútil estilhaçado
Refletia de um lado
As fases das faces monstruosas
Enquanto dormíamos distraídos
Nas escadarias das cavernas
Cuidava das imagens
Velava os mínimos pigmentos de luz
Das imediações
Pensando que nos iluminava
E ria porque nos enganávamos imortais
Nós continuamos iludidos
Robustos de carne e vidro
As suas migalhas no entanto
Transformaram-se de frente
Em versos e cacos
Que a dor quebrara!
PSRosseto
Comentários
Tudo o mais é passado, mas se, se o presente se transforma em poesia, eis que o passado sobrevive.
Maravilha.
Parabéns!