VERSOS DE VIDRO

Opaco espelho
Desvencilha dos minúsculos ciclos
Esfarelados fincados na areia

Esse velho labirinto inútil estilhaçado
Refletia de um lado
As fases das faces monstruosas
Enquanto dormíamos distraídos
Nas escadarias das cavernas

Cuidava das imagens
Velava os mínimos pigmentos de luz
Das imediações
Pensando que nos iluminava
E ria porque nos enganávamos imortais

Nós continuamos iludidos
Robustos de carne e vidro

As suas migalhas no entanto
Transformaram-se de frente
Em versos e cacos
Que a dor quebrara!

 

PSRosseto

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Paulo Sérgio Rosseto

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Comentários

  • Tudo o mais é passado, mas se, se o presente se transforma em poesia, eis que o passado sobrevive.

    Maravilha.

    Parabéns!

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