Vitupério

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Humanidade servil tão bárbara, 
Criatura de emoções paralelas, 
Escravas da falsa superioridade, 
Submissa carne em desalinho, 
Abatida ao golpe da mortalidade, 
Iludidas em seus bordões viciosos. 
Hipócritas sem cor de única raça, 
A podridão do corpo não tem nacionalidade, 
Não tem status diante do que o consome, 
Apenas ossos e pó ao esquecimento, 
Da beleza e feiura sem diferenças, 
Deitadas ao solo friamente. 
Tantas antipatias disfarçadas, 
Sorrisos sem sorriso verdadeiro, 
Caridade cheia de facas afiadas, 
Altivez de pessoas vazias, 
Exalando seus monstros infernais, 
Repletas de cortesias vãs, 
Escaninho da maldade sob olhos famintos, 
Escrupuloso ósculo da conveniência, 
Tratados afagados de aleivosia. 
Amigos mórficos a desgraça aparente, 
De palavras ociosas ao oculto, 
Jogando lama na confiança latente, 
Santificando seus burburinhos suicidas, 
Vítimas do próprio infortúnio, 
No grande labirinto de prelúdios. 

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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Sirlanio Jorge Dias Gomes

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Comentários

  • 947184307?profile=RESIZE_710x

  • O ser humano é dual, e na dualidade nem tudo tem o valor esperado. Aplausos mil, belíssima poesia

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