À flor da pele

 

Acordei para uma madrugada

muito devagarinho

ateando aos sonhos mais

voláteis uma réstia de chama

que se renova na fartura

de vida que ígnea nos inflama

 

 

- Acordei residindo nos teus

braços

dissolvendo-me nos teus perfumes

semeados à flor da pele

onde tatuamos com amor

todas as eferverscência de vida

convergindo na sonolência

de cada palavra mais atrevida

 

 

- Acordei

esgueirando-me entre rimas

e gargalhadas felizes

Busquei todas as confissões

numa mar de esperanças audazes

 

Tranquei nesta poesia arguta

um inóspito poema

prisioneiro traçado

no vasto silêncio tenaz

que nos acalenta

em todos os solstícios pintados

na aguarela do mundo

vibrante que em mil moléculas

de amor transpira e contenta

 

 

- Vou aproveitar

uma réstia deste sonho

pra te soprar na alma

todo o doce planar de um

beijo

  Converter-te na minha vestimenta

eterna

onde habitaremos mais quânticos

qual presságio arquitectado

no desejo breve que em nós

se alimenta no pavio de tempo

…e jaz agora temporário

nas insígnias de um verso romântico

fatídico e tão mediático

Frederico de Castro

 

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Frederico de Castro

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Comentários

  • É essa elegância que faz o leitor sentir a magia do momento de inspiração. A elegância é instigante.

    3593471?profile=original

  • Poucas vezes se escreve com tanta elegancia e bom gosto um poema tão sensual, amoroso e belo.

     Parabéns de novo, prezado Frederico.

     Abraços fraternos

    3593285?profile=RESIZE_1024x1024

  • Que terno!
    Me senti embalada com se poema, Frederico!
    Parabéns!
  • Parabéns Frederico,  belíssimas palavras,  um grande abraço3593390?profile=original

  • Li, gostei e estou aplaudindo de pé! parabéns! Bjs

    3593412?profile=original

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