A PRESSA
A pressa estava apressada
Passou empurrando o público
Pretendia pisar no palco
Ver a platéia
Ser aplaudida
Primeiro.
Depois pularia do prédio
Sem asas
Sem paraquedas
Sem pensar.
Mas pensou
Parou
E não pulou.
Desceu devagar os vinte andares.
Morreu no térreo.
Dolores Fender
25/05/16
Comentários
Mas os seus textos são uma delícia mesmo! De novo, o prazer renovado de ler você! (E o melhor - ou o pior? - é que no fim me ponho a pensar quanta é a minha pressa na vida...) Os seus poemas falam à nossa emoção com um toque de humor e... depois, perturbação questionadora... Uma delícia mesmo!
Que bom que gosta, Edvaldo! Obrigada pelos comentários tão gentis! Um grande abraço!
Obrigada, Safira! Você enriquece as minhas postagens! Beijos!
Uauuu! Que belo! Adorei!
Obrigada, Edith! Adorei o Uau e a imagem também! Beijos!
Parabéns, poetisa, abraços, paz e Luz!!!
Obrigada, Ilario! Abraços de