Carícias encontro no teu sopro matinal
musa da minha canção entoada nas colinas
do meu alvorecer ante as grinaldas de orvalho
dos verbos soltos na poesia prestes a criar vida.
O horizonte se curva ao teu vago pensamento
e as nuvens escoam suas águas ao teu deslumbramento...
O mar cria marolas a chamar tua atenção, cria eventual
torpor quando na areia branca teu corpo inclinas
e faz ancoradouro de búzios em teu ventre ao sol grisalho
espargindo cores e luzes irisadas em tua visão polida.
A volúpia nos espreita a cada dulcíssimo instante
a argúcia do desejo nos olha de esguelha nos porões da noite
o arfar do teu peito impressiona minha vã resistência
tua beleza me expõe a vagar na órbita das utopias.
Devo confessar que meu amor é impulsivo, mas resoluto
abrasa-me, com efeito, mas nem por isto reluto...
Percebo a alegria pousada em teu fulguroso semblante
nada me impede a narrativa do crepúsculo que me afoite
em busca da tua glória vertiginosa e meticulosa persistência,
mas senhor ambicioso de ti, sem delongas, ao passar dos dias.
Rui Paiva
Comentários
Cada vez entendo mais porque você continua um apaixonado inovado e águia como poeta.
A maturidade do sentimento posto em teu versos é encantadora. O amor declarado sem dramas, mas com a chama que queima sem queimar.
Lindíssimo, poema.
Parabéns!
Destacado!
Apaixonado e apaixonante poema, Rui. Minhas reverências! Bjs
Poeta Rui Paiva, inspiradíssima poesia. Abraços.
Que a sua musa, tenha recebido com todo carinho e amor esse poema como um presente dos deuses. É uma bela composição, com uma intensidade na qual você vestiu seus versos, com paixão..Meus parabéns.. Um carinhoso abraço poeta..
Parabéns, poeta, versos lindos, cheios de amor e desejo, abraços, paz e Luz!!!