Às portas da solidão

Num assomo estrondoso acorda o dia
Ninando cada torrente de luz ondulando
Breve, enxaguando toda onda à deriva
Que pranteia numa canção feroz e electiva

Escorre pela garganta dos silêncios
A solidão de uma onda renegada
Adormecendo ternamente o leito onde
Todas as quietudes embelezam aquela
Brisa emplumada macia…recém-chegada

Correm pela noite os odores impotentes
De tantas ilusões pertinentes
Arrebitam depois as saudades regando
As mesmas memórias diluídas em tantas
Gigantescas histórias coniventes

Deixei incendiar meus pensamentos numa
Ira desmedida abrigando a voz que se esvazia
Num eco subtil entreabrindo as portas à desinteressada
tristeza que em mim habita carente dissimulada

Frederico de Castro

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Frederico de Castro

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Comentários

  • Frederico tenho certeza que a mão do divino está também a te aplaudir.

    • Grato amigo e poeta

      Todos temos sido abençoados nesta casa com a poesia

      de maravilhosos poetas

      Abraço fraterno

      FC

  • 3662191?profile=original

  • Parabéns, poeta amiga, poema lindo, passei para deleitar-me na beleza de seus versos. Abraços, paz e Luz!!!

  • Brilhante poesia a onde a solidão permeia teus sentimentos de tristezas. Obra-prima. Abraços.

    • Obrigado poeta 

      Votos de um dia feliz

      FC

  • 3661865?profile=original

    • Grato Marso pela gentileza

      Abraço fraterno

      FC

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