ATMOSFERA DO MEDO
Estava no colo de Deus, questionando minhas culpas.
Aos olhos do mundo foram julgadas e sentenciadas.
Perguntei aonde estava o perdão, clamando absolvição.
Minhas mãos são culpadas pelos erros,
Mas incapazes de ferir.
Sou filho do mar e da Lua,
Minha alma é nua.
Ergui meus olhos ressabiados
Procurando então a semente do meu pecado.
Deus estava calado.
Eu, em meus sonhos,
Transitando na vastidão do universo,
Clausura celestial.
Meu corpo equilibrando-se entre a paz e o castigo,
Chagas nos pensamentos.
Mas o tempo de Deus é diferente do meu,
Passa nas lágrimas das chuvas.
Às vezes a discórdia adormece no silêncio.
Tento não sucumbir sobre o Seu manto,
Ainda preciso do perdão.
Meu coração responde em palpitares espaçados,
Sorvo o humor da atmosfera.
A Terra me condena.
Levanto-me do seu colo
E carrego minhas culpas para outra dimensão.
Mário Sérgio de Souza Andrade – 26/07/2017
Comentários
E se o tempo de Deus de Deus for o tempo de nossa vida inteirinha? As vezes penso nisso.
Parabéns pela composição.
Profundos e lindos versos. Aplausos! Bjs
Parabéns, poeta, poema lindo, primoroso, adorei. Abraços, paz e Luz!!!
Lindas palavras santicas que evencem puramente o nosso ser. Maravilhosos poema