Estou hoje colérico e sem piedade,
Não me venha com sorrisos mascarados,
Minha mente está cansada pela idade,
Esgotada pelo carma desalmado.
Paciência não se encontra nesta página,
Perturbada passo as horas maquinando,
O silêncio muitas vezes me acalma
Mas foste embora e as vozes me assombram.
Dia nublado acinzentando minha alma,
Corpo esquálido resfriado pela brisa,
O sangue escorre pelos olhos e deságua
Banha meu corpo e meu peito agoniza.
Pela janela vejo a chuva que depura,
Me agasalho mas o frio me consome,
Nesta agonia nem desejo mais a cura
E me recolho entre letras e pronomes.
Sandra Medina de Souza
Comentários
Até a cólera fica linda em poesia. Maravilhosooooooooo!
Que belo poema escrito decerto
na cólera de um dia que se consome no tempo
Meus parabens
FC