Deixo o anonimato discar o número
da tua agenda cronológica
Pressinto em nós uma conexão
de inspiração escondida
na cabine dos meus silêncios
digitalizando cada toque onde te aguardo
de forma tão analógica
Farto-me de tuas delicadezas
onde arranjo cada manhã
uma fé assídua
flexível enroscada em alegrias
passadas
perdidas em tuas subtilezas
Acredito cegamente
neste destino que nos consome
fartamente
em casuais imprevistos
todo ele vestido docemente
de conquistas onde
vencido deixo cada
retalho de vida frenética
finalmente
se diluir pelas nossas
maluquices
temperadas de amor
tão cúmplice
Volto um dia
quando por mim chamares
Chamaste-me?…
Alô…leva-me de vez embora
suscita-me poesias grandiosas
onde te desvendes imarcescível
rompendo minhas madrugadas
com versos irrefutáveis
com proezas tingidas de revelações
inescusáveis
Enlaça-te em mim
com cânticos repentinos
preciosos
dançando no prelúdio
da vida auspiciosa , exuberante
ao redor de cada esquina
onde te amei
quase assim de forma contagiosa
rendido àquele instante irrefutável
explodindo num silencioso…quase imutável
Vem…amanhece meu dia
alinha meus astros que se
afogam na luz poente
e quente
onde te descrevi
em versos loucos
sem mais devaneios
entre-linhas que o tempo
recíproco
infiltra em nós
memorizando cada sulco de vida
bebericando meus versos serenos
te farejando lunático… autêntico
in loco
Frederico de Castro
Comentários
Outro poema de amor exuberante e mais que bom, com metáforas, alegorías, imagens... E um vocabulario rico e belo demais.
Parabéns de coração...
Vou a chamar-te eu também... rsrsrsrs
Um poema faz a diferença nos prendendo do começo ao fim...Gostei muito
Que sublime! Emocionada. Parabéns Frederico por tão belos versos.
Belo, muito belo, amigo.
Beijos e boa semana.