Condenado

Eu tenho que resolver um problema

Que faz tempo que venho protelando

E minhas energias vem minando

Tornou-se imenso, grande, tal dilema.

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Exonerar ou morrer é o lema!

Há tempos venho vindo refutando

Estão todas as portas se fechando

Não é uma troça, pseudoproblema.

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Perdi amigos, raízes, parentela

Contrai doença, enfermidade

Esta situação exige cautela.

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E não venha com dó ou caridade 

Assim, a solidão a mim encastela

Só restou para mim, vil, vã, vaidade.

 

23/11/2016

 

ILARIO MOREIRA

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Comentários

  • Maravilhoso, Ilario!

     Parabéns!

    • Obrigado, poetisa, para mim é uma honra receber sua "visita e agradá-la", volte sempre que puderes... Abraços, paz e Luz!!!

  • Ilario, vou deixar uma dica caso deseje usar, eu sempre vejo tuas postagens com as estrofes separadas por uma linha, não sei se é preferência tua, ou é por que o editor vem com este espaço e não nos permite ajeitar melhor, porém eu aprendi com o ZecaFeliz, que se eu fizer a arrumação das estrofes do poema num bloco de notas, quando eu colar dentro do editor ele vai ficar do jeito que arrumei no bloco, bastando, somente, escolher a cor, fonte e tamanho das letras.

    Parabéns pelo inspiração.

    Tenha lindo sonetos.

    Destacado!

    • Obrigado, poetisa, pela dica, é que eu estou me adaptando ainda a este "editor" e, também tenho que melhorar a diagramação, para ficar uma coisa mais "suave". Abraços, paz e Luz!!!

  • Espero que você resolva logo esse problema, e se liberte dessa auto condenação...Amei o soneto...

    • Obrigado, poetisa, pela visita e comentário. Abraços, paz e Luz!!!

  • Gosto desta forma gótica de expressar sentimentos. Parabéns, ilario! É um lindo soneto! bjs

    • Obrigado, querida amiga, é sempre um prazer "recebê-la", suas palavras são um alento a minha alma cansada e decepcionada pelas vicissitudes da vida...Abraços, paz e Luz!!!   

      "Pobre alma, centro desta argila pecadora,

      reduz-te à fome a força hostil que te assedia : 

      Por que pintas teu muro esplêndido por fora,

      se por dentro tu te esvais e sofres carestia. ?

      Por que, para este prazo exíguo,

      tal quantia em tua residência instável despendeste ?

      Hão de os vermes, herdando esse exagero um dia,

      comer o que gastas-te ? O fim do corpo é este ?

      Oh alma, vive pois de ver teu servo em ruína

       e acresça-te a reserva a sua decaída ;

      vendendo horas de escória, adquire a era divina :

      Por fora sê modesta, e dentro sê nutrida.

      A Morte, que nos traga, hás de tragar assim,

      e morta a Morte, eis que não mais teremos fim."

      Soneto 146 -William Shakespeare.

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