Eu tenho que resolver um problema
Que faz tempo que venho protelando
E minhas energias vem minando
Tornou-se imenso, grande, tal dilema.
---------------------------------------------------
Exonerar ou morrer é o lema!
Há tempos venho vindo refutando
Estão todas as portas se fechando
Não é uma troça, pseudoproblema.
-------------------------------------------------
Perdi amigos, raízes, parentela
Contrai doença, enfermidade
Esta situação exige cautela.
-------------------------------------------------
E não venha com dó ou caridade
Assim, a solidão a mim encastela
Só restou para mim, vil, vã, vaidade.
23/11/2016
ILARIO MOREIRA
Comentários
Maravilhoso, Ilario!
Parabéns!
Obrigado, poetisa, para mim é uma honra receber sua "visita e agradá-la", volte sempre que puderes... Abraços, paz e Luz!!!
Ilario, vou deixar uma dica caso deseje usar, eu sempre vejo tuas postagens com as estrofes separadas por uma linha, não sei se é preferência tua, ou é por que o editor vem com este espaço e não nos permite ajeitar melhor, porém eu aprendi com o ZecaFeliz, que se eu fizer a arrumação das estrofes do poema num bloco de notas, quando eu colar dentro do editor ele vai ficar do jeito que arrumei no bloco, bastando, somente, escolher a cor, fonte e tamanho das letras.
Parabéns pelo inspiração.
Tenha lindo sonetos.
Destacado!
Obrigado, poetisa, pela dica, é que eu estou me adaptando ainda a este "editor" e, também tenho que melhorar a diagramação, para ficar uma coisa mais "suave". Abraços, paz e Luz!!!
Espero que você resolva logo esse problema, e se liberte dessa auto condenação...Amei o soneto...
Obrigado, poetisa, pela visita e comentário. Abraços, paz e Luz!!!
Gosto desta forma gótica de expressar sentimentos. Parabéns, ilario! É um lindo soneto! bjs
Obrigado, querida amiga, é sempre um prazer "recebê-la", suas palavras são um alento a minha alma cansada e decepcionada pelas vicissitudes da vida...Abraços, paz e Luz!!!
"Pobre alma, centro desta argila pecadora,
reduz-te à fome a força hostil que te assedia :
Por que pintas teu muro esplêndido por fora,
se por dentro tu te esvais e sofres carestia. ?
Por que, para este prazo exíguo,
tal quantia em tua residência instável despendeste ?
Hão de os vermes, herdando esse exagero um dia,
comer o que gastas-te ? O fim do corpo é este ?
Oh alma, vive pois de ver teu servo em ruína
e acresça-te a reserva a sua decaída ;
vendendo horas de escória, adquire a era divina :
Por fora sê modesta, e dentro sê nutrida.
A Morte, que nos traga, hás de tragar assim,
e morta a Morte, eis que não mais teremos fim."
Soneto 146 -William Shakespeare.