Cruel surdez

Na madrugada fria, vil, soturna

Sim, a insônia me rouba o melhor sono

No escuro permaneço quedo, ínsono

Surdo na solidão triste e noturna.

Sou criatura muda taciturna

E o silêncio é esse som uníssono

Tal qual, um instrumento belo e bíssono

É minha melodia diuturna.

Por que, é o meu tímpano raquítico?

Priva-me de melódicas delícias

Sim, este membro pobre paralítico.

 .

Olho atento com todas ás malícias

E ele voa veloz, nítido e acústico

Sou privado de todas ás felícias.

 .

ILARIO MOREIRA

.

02/04/2017

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Comentários

  • 3664911?profile=original

    • Obrigado, poetisa amiga, pela visita e comentário gentil, fico muito grato e honrado... Abraços, paz e Luz!!!

  • Ilário, você elabora seus poemas com temas marcantemente

    reais, mas os transporta para o mundo da poesia e nos oferece

    essa obra linda, perfeita! Bjs.

    • Obrigado, poetisa, o seu comentário em muito envaidece-me, fico muito grato, sou seu fã. Abraços, paz e Luz!!!

  • Belíssima construção poética, Ilario. Lindo soneto.

    Parabéns pela obra.

    Destacado!

    • Obrigado, poetisa amiga, pela visita, comentário e destaque, fico muito grato. Abraços, paz e Luz!!!

  • O ouvido, aparentemente, surdo, aguça a audição para a poesia. Belíssimos versos, Ilario! Bjs

    • Obrigado, poetisa amiga, pela visita e comentário gentil, fico muito grato. Abraços, paz e Luz!!!

  • Às vezes nessa surdez suturna...na surda

    soluidão da noite...nascem surdos poemas

    que gritam para nós quais melodias de delicias

    Bravo poeta, meus aplausos

    FC

    • Obrigado, poeta amigo, pela visita e comentário, é uma honra para mim recebê-lo. Abraços, paz e Luz!!!

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