Dejà Vu

Nesta dialéctica emocionante

onde guardamos palavras de amor

quase secreto e tão empolgante

verbalizamos em tons de verdade

as coisas simples deixadas

a esmo entre o guarda-roupa

entreaberto à solidão

e nossas vestes que se despem

impregnadas de alegrias

desejos, muitos

e abraços mitigantes quase

alucinantes tantos


– Hoje nada é igual

tudo é mais breve ainda

que muitas palavras loucas que

respiro e repito esfuziante



– Raros são os dias

em que não bebo calmantes

pra esconder os silêncios

que se embebedam comigo

assim de rompante através de

tantas insónias acomodadas

na cumplicidade da noite

onde lentamente me endereço e abrigo


– Existe só mais um momento

na existência da vida

onde saboreamos a jusante

nossos rios que correm distraidos

entre margens trajadas de poesias

itinerantes

perfiladas entre casuais

dias tristonhos enfeitados de alegrias

peregrinas tão exímias

zarpando deste porto d’abrigo

em ondas serenas, concensuais

algemadas nesta rotina preciosa

onde desacelero as ânsias

as indiferenças

e morro facilmente apaixonado

peremptório

até sem mais condolências

Frederico de Castro

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Frederico de Castro

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Comentários

  • Nossa, deixa algo pra nós, simples mortais....

     

    Parabéns e obrigada por compartilhar

    Bela semana.

     Beijos

    3595902?profile=original

    .

  • Zarpei nas palavras aportei no poema e achei linda a paisagem.  Esplêndido, Frederico! Bjs

  • Lindíssimo poema Frederico. Um espetáculo te ler.

    3595871?profile=original

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