DEPOIS DO TEMPO
Não há nada de moderno em usar cabelos compridos,
Nós já o fizemos.
Não há avanço nos protestos,
Nós já o fizemos.
Colocamos flores em bocas de canhões,
Servimos de café nossos algozes.
Caminhamos e cantamos,
Erguemos o nome da razão,
Em nossos corações,
A bandeira colorida,
Baluarte da vida...
Sangue derramado,
Heróis crucificados.
Intenções desvirtuadas,
Estradas perdidas.
Erguemo-nos em sinais,
Nossas mãos agitando-se ao vento,
A tempestade um momento
Que o tempo não pôde apagar.
Sonhávamos, como se sonha agora
Com a hora de termos a paz
Bem à frente dos nossos narizes,
Comparamo-nos aos outros países,
Julgamos a tantas pessoas,
Quais as boas ideias
Que nos trouxeram os idealistas?
Nossas vistas cansadas
Das pernadas que esta vida nos dá
Apenas no preparou para o novo futuro,
O problema é que mudaram as pedras,
Mas não destruíram os muros...
Mário Sérgio de Souza Andrade 01-05-2017
Comentários
Penso que as vezes, cada um de nós devemos destruir nossos próprios muros para que mudemos, pouco a pouco a realidade. Será que estou sendo utópica? Eu gosto da utopia
Meus respeitosos abraços, amigo poeta.
: )
O tempo, vem dele sempre aquele algo temporizado pelas tendências do inicio que se propaga sempre naquilo que vira, Muda-se os caminhos mas o destino não