Descrença

Essa dor que transcende meus dias

Envolvendo a alma no breu

Tão cruel no seu truque sombrio

Revelando o meu lado ateu.

 

Na angústia que se eterniza

Ouço gritos vindos do umbral

Melodia que se catalisa

No hemisfério cravado a punhal.

 

Multidão que se faz dependente

Do meu sangue achacado e banal

Deixam os dias findado e doente

E minha essência num vaco abissal.

 

Já não luto contra correnteza

Minhas forças já se dissiparam

Sobrevivo com uma certeza

Que a existência é um bem afanado.

Sandra Medina de Souza

Votos 0
Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

This reply was deleted.
CPP