Assim a aventura começa devagar,
Desperta, insólita na iminente manhã
Esmaga este tempo a mim por vezes tão conivente
Outras nem sei se recordo verdadeiramente
A chuva desaba enquanto pelos telheiros das minhas
Solidões…o frio enruga qualquer silêncio fronteiriço
Desalinhando cada vestígio de um beijo displicente
Fecundado na placenta de um sonho ressarcido
No limite dos tempos mergulho a vida deixada
Nómada, sem empecilhos toda solidão gentil despertar
Cismando eu nesse porvir eterno desejo fantasiar
Num suspiro ou lágrima que cala um eco maciço a domesticar
Vou somente na enlutada noite teus gemidos perfumar
Os silêncios que me afligem sei até como os autopsiar
Aconhegando o pujante desejo na meiguice de um verso
Bebendo cada citação escrita na lápide do tempo que quero prefaciar
Frederico de Castro
Comentários
Um despertar encantador em lindos versos!Bom dia e uma semana inspirada a ti.Abraços
Linda sua composição
Bem hajas
FC
Aplausos, poeta, você é mestre neste tipo de versejar, é muito talentoso. Abraços, paz e Luz!!!
Parabéns pelo excelente trabalho, e pela competência.