In extremis

Todo eco invade o olhar brilhando na candura
De muitos gestos latentes deixando sem remetente
Aquele sorriso oculto na perfumada lembrança que
Reinvento cada vez que acoberto festejos e folganças
Coexistindo gratuitamente seduzidas pela pujante esperança

Nas teias do tempo armei meu diálogo embebido nas
Palavras delicadamente audazes, tentadoramente fugazes
Delirando pelo corpo do silêncio onde teço as mais nobres
Fantasias poéticas entranhando-se no curvilíneo momento
Infestado de beijos e abraços…oh, como eu sei tão vorazes

A caravela das ilusões zarpou agora deixando meu porto
Mais inseguro solitário, obscuro, sedando a noite que implode
Vítima de uma ilusão déspota imigrando pela diáspora dos tempos
Que embalam meu repertório insaciável de palavras e versos inalienáveis

A luz engoliu a solidão que ainda pernoitava nos aposentos
De uma desfragmentada madrugada e ali, in extremis desatei os
Nós do prazer onde  em cada vestígio do teu perfume me algemara
Aquietando todas as carícias que sedento resgatei e até minhas dores sarara

Frederico de Castro

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Frederico de Castro

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Comentários

  • Parabéns, poeta amigo, passei para deleitar-me, novamente na beleza de seus versos, encantado com seu versejar. Abraços, paz e Luz!!!

  • Aqui de novo...

    Não sei o porquê me surpreendo.

     Impecável, mais que bom, belissimo...

    Não canso-me de lir

    Aplausos, caro amigo

    Beijos

     Boa noite.

     Doces sonhos nesste já domingo para nós,

  • 3675114?profile=original

    • Obrigado Edith pela mensagem gentil

      Abraço fraterno

      FC

  • 3675168?profile=original

    • Amigo e poeta Sam grato fico pela mensagem

      Abraço fraterno

      FC

  • 3675072?profile=original

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