Eu, alma ferida em redemoinho,
Existência em caos e pudor,
Refazendo a história num pergaminho,
Sofrendo as angústias do amor.
Profundamente amarga em minha brandura,
Este ambiente causando-me náuseas,
Veias dilatadas a procura da cura,
Células esvaecendo ao furto da calma.
Medicação que a muitos regenera, eu repudio,
Não acredito em benefício planejado,
Existem dores tatuadas em prelúdio,
Em sintonia com o universo blasfemado.
Bendita catatonia que me priva,
E me liberta nos minutos de quimera,
E num delírio passageiro me esquivo
Na imensidão desta existência que lacera.
Sandra Medina de Souza
Comentários
Lindo poema...um delirio passageiro
nesta existência que lacera
Parabens
FC
Obrigada, FC! Um abraço!
Gratidão, Angélica! beijinhos...
Estou arrebatado com o seu texto, amei tudo cada linha versada. Felicitações! Estou te esperando na entrevista com a poetisa Danusa!
Gostei muito!!!
Uma existência que lacera sem poder esquivar-la.
Ficamos, sim, caisi em catatonia quando a dor supera todo límite imaginado.
Mas uma vez que tomamos o controle, e perdemos o temor, confiamos em Deus e em nós, tudo volta pouco a pouco a renovar-se.
Umas belíssimas e mais que boas metáforas, num mais que bom e belíssimo poema, duro e triste demais, que faz sangrar a alma .
A seus pés com reverências, minha querida e admirada Sandra.
Parabéns
Beijos
.
Acho um ato de grandeza quando a tristeza do poeta explode assim, em belíssimos versos que nos emociona até a alma. Tristemente espetacular, Sandra! Bjs