Inquilino do silêncio

Cambaleia a luz através deste meu
Tédio perfeito
Inquilino do silêncio quase inquisidor
Mirando-se ao espelho onde se reflecte
A noite embebida num milésimo segundo conspirador

Vou envelhecendo como os dias transitando na vil
Existência dormitando nas arcadas deste sonho senil
Desenhado em coloridas chitas de desejos que se
Desnudam entre sombras passarinhando no vão
Das memórias tão gentis

Compartilhei nas melancolias dos sonhos um gesto de amor
Solidário enquanto a madrugada perscrutava a ínfima e luminosa
Fonte de luz aconchegando todas as distâncias onde consignei a
Imaginação fluindo suave e lenta, lentamente delirando pelas
Quermesses da existência camuflada na penumbra da vida em reclusão

De olhos esbugalhados a noite escurecendo ali pousou
Fotogénica…num lamento insuportável e febril
Estendeu seu andrajoso tempo no arame farpado da existência
Alimentando o matreiro palpitar de um eco …agora inquilino
deste meu reagente silêncio kamikaze e vilão

Frederico de Castro

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Frederico de Castro

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Comentários

  • Parabéns, poeta amigo, poema lindo, maravilhoso, sou seu fã. Abraços, paz e Luz!!!

    • Obrigado pela gentileza amigo e poeta

      Abraço fraterno

      FC

  • DEUS, QUÉ MARAVILHA!

    PARABÉNS!!

    ¡¡ FELICIDADES!!

    3674474?profile=original

  • 3674537?profile=RESIZE_1024x1024

  • Assim é o o outono da vida, envelhecer faz parte do ciclo natural da vida.

    Belíssimo poema!

    Destacado!

    • Grato Edith pelo gentil comentário

      Abraço fraterno

      FC

  • 3674388?profile=original

    • Grato Marso pela mensagem

      Votos de dia feliz

      FC

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