Poesias

Senhor,
Assim como transformaste a água em vinho
Transforme também a minha vida.
Assim como curaste o cego de nascença
Desfaça minha cegueira
Me cure do egoísmo.
Assim como perdoaste aquela pecadora
Perdoe minhas falhas, mude minha vida
Me ensine ta

Menino marcado
Manso como um pai
Maneiro no dia a dia
Menino que ama

Lutando com voz
Lapidando a arte
Lavrando palavras
Leito de menino

Ouvindo os vivos
Ouriçando desejos
Ouvindo palavra de mãe
Ouro no braço

Sorrindo do bobo
Sorrateiro na chegada

Não diga que gosta de mim
Porque eu não to nem ai
To cagando pra você
O que passei ate chegar aqui
O que ganhei e perdi
A mim me basta saber

Tem muita gente que te aplaude
Então, que você se esbalde
Porque pro seu abraço de jiboia
Prefiro meus braços na tipó

Menina de trança

cabelo de fita,

você me sustenta

com teu olhar;

menina de vida

você me irrita,

até me balança

com teu cantar;

menina, eu conheço

as tuas manias,

não me enganam

as tuas folias...

Menina,

eu daria

até minha vida

pra te entender,

pois fique sabendo

eu t

Tento decifrar sonhos e segredo

Imergindo profundo no ocultismo

Não farei uso de tolo fanatismo 

Vou revelar mostrar o dessegredo.

 .

No reino da magia farei íngredo

Livrarei-me de todo dogmatismo

Desejo mesmo é o sincretismo

Unir quem vive em vil,

Um dia como outro qualquer
Um dia tão sem graça
Quando o sapato não aperta o pé
A chuva faz pirraça
O relógio aponta
E a vida corre pelas veias
O tempo faz as contas
Cem anos ou meia hora e meia

Se a morte toma pelas mãos alguém
Em cima da calçada
Descansado

No mundo dos reis,

Fizeram regras e as próprias leis.

Leis são leis e são para acatar.

Mas podemos discuti-las, podemos falar.

Digo isto, nas altas instâncias,

Porque de baixo, mais vale calar.

Que o povo vive em ansias,

Mas nada pode mudar.

Me

Na beira do mar
De alma romântica
Rabisca a tela
O poeta sonha...

A Lua chega
Irradia a noite
Traz inspiração
O poeta clama...

Essa beleza é a vida
Um cenário que grita
Explode com exaltação
O poeta delira...

Nuvens se enchem
A luz se espalhou
Ma

Há dias, que os dias não são dias,

São uma coisa qualquer,

Como vidas vazias,

Que nem dias têm sequer.

**

O amanhã não interessa,

Se o dia vai ser igual...

E se passar bem depressa,

Não se vê no dia o que está mal.

**

 O mal não está no dia,

Mas no

VOLTARIA

Vago, amor, entre quimeras
Relembrando os idos dias
A saudade  reverbera
Vento não traz calmaria...

A alma não me floresce
Meu jardim virou deserto
O pranto tornou-se em prece
À dor de não ter-te perto...

Lábios que beijam os meus
Não os fazem

Sou árvore e não floresta

Sou instante e não eternidade

Sou pouco, sou quase nada

Sou apenas singela estrofe

Não uma completa toada

F.J.TÁVORA